Muita gente não sabe, mas uma modalidade bastante promissora dentro do mercado imobiliário é o consórcio imobiliário. Em 2020, mesmo com a pandemia do coronavírus, a busca por eles aumentou pelo menos 14%, segundo a Associação Brasileira de Administradores de Consórcios – Abac.
Quando comparado ao financiamento tradicional, o consórcio sai na frente em diversos aspectos, como a ausência de juros no pagamento das parcelas e uma taxa de administração mais baixa do que as taxas de juros comuns às outras modalidades.
No entanto, vale lembrar que esse é um tipo de investimento a longo prazo, o que o torna pouco interessante para quem deseja adquirir sua casa própria de imediato.
Em linhas gerais, os consórcios são como autofinanciamentos, nos quais um grupo de pessoas se une para investir recursos em uma administradora e adquirir determinado bem em uma data futura. Quer saber mais sobre o assunto e conhecer o melhor consórcio imobiliário para investir? Continue a leitura!
Em um consórcio de imóveis, as circunstâncias são as mesmas: com o intuito de adquirir uma propriedade, um grupo de interessados se junta para angariar recursos durante determinado período.
Os participantes adquirem cotas e se comprometem a contribuir com o valor definido para aquele tipo de negócio mensalmente – a partir daí, uma carta de crédito é sorteada e entregue a um dos consorciados todo mês. É esse documento que permite ao contemplado adquirir o imóvel.
As condições para o sorteio são iguais para todos os participantes e a premissa é simples: o sorteado da vez recebe a carta de crédito no valor acordado para aquele consórcio e pode, então, comprar a propriedade com ela. Mas há também a possibilidade de se fazer um lance para receber o benefício mais rápido – essa oferta funciona como uma antecipação do pagamento das parcelas.
Ponto importante: em alguns consórcios, os participantes podem contar também com o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS – para completar o valor das parcelas ou fazer lances.
Na hora de decidir se essa é, realmente, a melhor maneira de comprar um imóvel, é importante pesar as vantagens e desvantagens oferecidas. Vamos ver em detalhes?
Um consórcio de imóveis possui vários pontos positivos. Veja os principais.
Não é regra, mas, geralmente, não é necessário comprovar renda para adquirir a sua cota e se tornar um consorciado. No entanto, ao ser contemplado, o vencedor precisará comprovar que está com suas obrigações em dia – ao contrário, não lhe será concedida a carta de crédito.
Além disso, por ser integralmente parcelado, o valor da carta de crédito não exige uma entrada do participante. O que pode ocorrer, a qualquer momento, são as ofertas de lances – mas que nada têm a ver com entradas e ou obrigatoriedades do contrato.
É isso mesmo que você leu! Consórcios são cada vez mais atrativos entre os consumidores justamente por não contarem com taxas de juros. Mais econômicos que outras modalidades, os consórcios possuem apenas uma taxa de administração – que, mesmo assim, são mais baixas e diluídas nas parcelas do contrato.
Hoje em dia, são diversas as opções de consórcios disponíveis no mercado. Isso torna a modalidade bastante versátil para atender às necessidades de diferentes públicos.
O interessado pode adquirir uma carta de crédito que compreenda o valor do imóvel desejado sem precisar comprometer o seu orçamento mensal – além de contar com a possibilidade de realizar o pagamento das parcelas dentro de um prazo que atenda ao seu bolso e às suas expectativas.
Ao recebê-la, o consorciado poderá utilizar o valor do prêmio para adquirir uma casa nova ou usada, construir, reformar ou quitar financiamentos. Também é possível comprar imóveis residenciais ou comerciais – no entanto, a categoria dos bens que consta no contrato deve ser respeitada.
Como vimos, quem tem um recurso a mais disponível - e não deseja apenas contar com a sorte durante os sorteios mensais da carta de crédito - tem a oportunidade de realizar lances. E esse valor não precisa ser desembolsado caso o consorciado em questão não vença naquela oportunidade.
Por serem fiscalizadas pelo Banco Central, as administradoras de consórcios têm obrigações a cumprir para garantir os direitos dos consorciados. Antes de adquirir uma cota, no entanto, é importante observar se a instituição financeira é credenciada ao órgão.
Contudo, também existem pontos negativos – principalmente dependendo do seu perfil. Os principais são os listados abaixo.
Caso você não possua recurso disponível para fazer lances, precisará aguardar a sua vez de ser contemplado por meio dos sorteios mensais. Então, caso você deseje pegar as chaves do seu imóvel o mais rápido possível, os consórcios podem não ser uma boa ideia.
Como pode levar um tempo até que você seja contemplado com a carta de crédito, se você mora de aluguel, precisará considerar essa despesa e o valor das parcelas do consórcio no seu orçamento.
Diferente dos financiamentos, nos quais é possível fechar o contrato e imediatamente comprar o imóvel, nessa modalidade, o interessado precisa aguardar a contemplação para então realizar a mudança.
Como o consórcio é um investimento a longo prazo, os preços dos imóveis podem subir mais do que o esperado. O problema é que, quando chegar a vez do consorciado receber a sua carta de crédito, pode ser que precise se contentar com um imóvel de padrão inferior ao pretendido no início do consórcio.
Se demorar muito a ser contemplado, há também a chance de o participante sair em desvantagem em relação ao valor do imóvel – quando em comparação a outras modalidades.
Ao contrário dos investimentos financeiros, os consórcios não rendem em juros para o consorciado, uma vez que não são aplicações.
O financiamento imobiliário é uma das modalidades mais conhecidas e procuradas na hora de comprar a casa própria. Porém, ele não é o único, já que o consórcio de imóveis tem crescido bastante. Para optar entre um e outro, é fundamental avaliar o seu perfil de comprador (e o quanto de pressa você tem em adquirir o imóvel).
Se você pode aguardar para comprar seu imóvel, então o consórcio é mais vantajoso. Porque ele não precisa de entrada, não tem taxa de adesão e nem possui juros no longo prazo. Portanto, é a opção ideal para quem pode aguardar para comprar um imóvel.
Já se você precisa rapidamente de um imóvel, porque está pagando aluguel, por exemplo, então o financiamento é mais vantajoso. Afinal, assim que a documentação é aprovada, você já pode se mudar para o bem adquirido, enquanto no consórcio você terá que aguardar meses ou até anos para ser contemplado.
Além disso, vale a pena analisar também seu perfil. Por exemplo, quem está negativado ou não tem renda muito alta, dependendo do valor do financiamento, pode ter dificuldades em conseguir boas condições, pois o processo é mais burocrático e exige uma série de etapas. Já no consórcio, a adesão é facilitada, sem averiguação de renda.
Caso você já tenha um imóvel financiado, poderá usar a carta de crédito do consórcio para quitar seu financiamento ou, ainda, pode usar esse valor para pagar pelas chaves do apartamento ou outro imóvel na planta, por exemplo.
Como explicamos, o consórcio imobiliário possui muitas vantagens – mas elas dependem do seu perfil. Se você pode esperar para comprar seu imóvel, então, sim, o consórcio imobiliário vale a pena. Caso não seja esse seu perfil, é melhor optar por outras alternativas, como o financiamento.
Outro perfil que costuma procurar o consórcio é o investidor. O consórcio, em si, não pode ser considerado um investimento, já que tem um custo relacionado à taxa de administração que costuma girar em torno dos 18%, não gerando margem de lucro, portanto.
Contudo, o que algumas pessoas costumam fazer é adquirir uma cota pensando na ampliação do patrimônio ou em garantir rentabilidade com o aluguel. Nesses casos, o interessado adquire um consórcio e, quando for contemplado, compra um imóvel e o coloca para alugar. Com o valor do aluguel, é possível amortizar o saldo devedor e quitar as parcelas restantes.
Ao quitar, o investidor repete a operação e começa a formar sua carteira de imóveis.
Quanto custa, afinal, um imóvel consorciado? Primeiro, vamos falar das cartas de crédito: elas variam, geralmente, entre 70 mil e 600 mil – isso quer dizer que, por meio dos consórcios, é possível adquirir imóveis de baixo, médio e alto padrão.
A quantidade de parcelas também pode variar bastante e chegar até a 200 meses. Quanto maior o número de prestações, menor é o valor a ser pago mensalmente – mas vale destacar que o tempo para adquirir o imóvel também pode se estender, uma vez que dependerá da contemplação da carta de crédito ou de um lance bem-sucedido.
O valor das parcelas é, igualmente, bastante diverso. Elas podem começar em torno de R$ 500 e superar a marca dos R$ 6 mil.
Você deve estar se perguntando agora qual é, então, o consórcio imobiliário com o melhor custo-benefício do mercado.
Hoje, existem diversas possibilidades bastante atrativas à disposição dos consumidores. Algumas boas opções são o consórcio do Bradesco e da Caixa Econômica Federal: em ambas as instituições, o prazo máximo para quitação das parcelas é de 200 meses, e, a partir de R$ 400, é possível integrar um consórcio.
Outras boas opções são:
Consórcio BRB (Banco de Brasília): oferece cartas de crédito para a compra de imóveis novos ou usados, podendo também ser usado para a compra de terrenos, salas comerciais, construção, reforma e quitação de financiamentos imobiliários. As cartas de crédito variam de R$150 mil a R$700 mil.
BB Consórcio de Imóveis (Banco do Brasil): permite a aquisição de imóveis urbanos, novos ou usados, residenciais ou comerciais, com áreas edificadas, além de imóveis rurais com matrícula própria e terrenos ou lotes. As cartas de crédito partem de R$50 mil e você tem até 200 meses para pagar.
Itaú Consórcios de Imóveis: o valor total da carta do Itaú é de R$90 mil e é possível usar o valor para reformar, construir ou comprar terreno. O FGTS também é aceito para o pagamento das prestações.
Porto Seguro: carta de crédito de até R$ 900 mil e 200 meses para pagar, com opções de parcelas reduzidas até a contemplação. É possível usar o valor para reformar ou comprar um imóvel ou terreno. Também permite o uso do FGTS para aumentar as chances de contemplação.
Na hora de comparar os diferentes tipos de consórcio imobiliário, existem alguns pontos que você deve analisar com cuidado. Veja quais são eles.
Sempre procure por uma administradora autorizada a operar pelo Banco Central do Brasil. O BC é a autoridade competente para normatizar e fiscalizar o sistema de consórcios no país. Para isso, consulte o site do BC e confira quais são as empresas autorizadas, evitando cair em golpes.
Outro ponto importante é conferir qual é o valor das prestações, comparando as diferentes opções. Analise, ainda, se essas prestações não consomem mais de 30% da sua renda – porque isso pode comprometer a sua capacidade de pagar as demais contas do dia a dia.
Então, antes de escolher a sua carta de crédito, sempre faça uma simulação no site da administradora, para ter ideia de qual será o valor mensal, já acrescido das taxas. Lembre-se que, quanto mais baixo o valor mensal, maior o tempo de pagamento do consórcio.
Compare, ainda, como são feitas as contemplações. Em um consórcio, o mais usual é que a contemplação aconteça por meio de sorteios e lances mensais. O lance é uma maneira de adiantar as parcelas e funciona como uma espécie de leilão. Verifique como ele funciona na administradora e quantos sorteios acontecem por mês.
Os consórcios variam muito dependendo da administradora, sendo que alguns podem durar até 15 anos. E, em alguns casos, você poderá ser contemplado apenas no final desse período. Portanto, avalie qual prazo é mais interessante para a sua realidade.
Agora você já conhece tudo sobre consórcio imobiliário? Se você deseja saber mais sobre essa e outras modalidades de negócio para tirar o seu sonho do papel, conte com a nossa assessoria especializada. Será um prazer auxiliá-lo nessa jornada!
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